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Questões Frequentes

Questões Frequentes

Esclareça aqui algumas das questões mais frequentes.

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O Intérprete de Língua Gestual é um profissional que domina a língua gestual e a língua oral faladas no seu país – no nosso caso, a Língua Gestual Portuguesa e a Língua Portuguesa – e que tem qualificações para desempenhar a função de intérprete, ou seja, que aprendeu a dominar os processos, modelos, estratégias e técnicas de tradução e interpretação.

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Quadros, R. (2004). O Tradutor e Intérprete de Língua Brasileira de Sinais e Língua Portuguesa. Brasília: MEC.

A função do intérprete pode ser definida da seguinte forma:

O intérprete procura equalizar uma situação de comunicação, de modo a que as pessoas surdas e ouvintes tenham acesso a todas as informações emitidas e possam comunicar tudo aquilo que desejarem;

Os intérpretes de língua gestual traduzem os gestos da língua gestual para língua falada e vice-versa, respeitando as normas do Código de Ética e Linhas de Conduta.

Alguns dos deveres do Intérprete são:

 guardar completo sigilo de tudo que interpretou, inclusive dados, como datas, nomes, locais ou assuntos, que mesmo que aparentemente possam não ter importância, podem ser suficientes para uma quebra de confidencialidade.

 providenciar uma interpretação fiel, respeitando o conteúdo e espírito do orador, utilizando uma linguagem facilmente compreensível para as pessoas para quem está a interpretar. Não deverá omitir nem inventar ou acrescentar nada ao que foi dito. Por vezes poderão surgir situações embaraçosas ou que estejam em contradição com o senso de bem e de mal do intérprete, mas ele deverá sempre lembrar-se de que a responsabilidade do que é dito não é sua, e que é seu dever transmitir as informações dadas, de uma forma precisa. Se o intérprete sentir que não é capaz de efectuar uma interpretação fiel, deverá admiti-lo e retirar-se dessa situação.

  enquanto durar a sua função, não aconselhar ou orientar, mantendo uma atitude neutral e sem emitir opiniões e reacções pessoais. Assim como não deve omitir nada, o intérprete também não deve acrescentar nada, visto que como intérprete a sua função é apenas a de facilitar a comunicação entre duas ou mais pessoas (surdas e ouvintes), e a sua intervenção pode ter consequências imprevistas.

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Código de Ética do Intérprete de Língua Gestual Portuguesa

“O intérprete educacional é aquele que atua como profissional intérprete de língua [gestual] na educação.” (Quadros) Atualmente esta é a área de interpretação em que estes profissionais são mais requisitados. Se tivermos em conta todos os níveis de aprendizagem em que há alunos surdos matriculados, bem como todas as áreas curriculares pelas quais se distribuem, torna-se necessário investir na especialização dos intérpretes de língua gestual que atuam na área da educação.

O intérprete educacional deverá intermediar as interações entre os professores e os alunos surdos, bem como entre estes e os colegas ouvintes, mas não poderá assumir a responsabilidade do ensino dos conteúdos desenvolvidos em aula. Assim, por não serem funções específicas da atuação como intérprete, não compete ao intérprete educacional: assumir o papel de tutor; apresentar ao professor informações sobre o desenvolvimento dos alunos surdos; acompanhar os alunos surdos; disciplinar os alunos surdos ou realizar atividades gerais extra-aulas.

In:
Quadros, R. (2004). O Tradutor e Intérprete de Língua Brasileira de Sinais e Língua Portuguesa. Brasília: MEC